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sábado, 8 de junho de 2013

Artigo de Iasmin Bueno Franco

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

IASMIN BUENO FRANCO







PRESERVAÇÃO E EDUCAÇÃO











Balneário Camboriú/SC
2013
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

IASMIN BUENO FRANCO






PRESERVAÇÃO E EDUCAÇÃO





Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota na M2, na Universidade do Vale do Itajaí, Arquitetura e Urbanismo – História e Patrimônio Cultural (EAD) – Turma 5.

Professora: Beatriz Koneski Santangelo Moletta.



Balneário Camboriú/SC
2013
O setor de educação tem papel fundamental na formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade. Entender o meio em que se vive é um passo para preservação de sua memória e identidade para que as gerações futuras possam conhecer a história vivida pelos diferentes povos.
A importância da educação patrimonial é colocar a pessoa como um agente transformador, tendo conhecimento da importância da preservação do patrimônio que faz parte da história.
Um tópico importante a ser trabalho na educação é despertar os sentidos antes desconhecidos e compreender que o patrimônio cultural não é o velho e sim história, possibilitando as pessoas fazer a leitura do mundo ao seu redor, podendo assim compreender a sociedade, relacionando a história com seus hábitos presentes.
            O professor tem a função de despertar a conscientização social de cada um para a preservação do patrimônio cultural, seja ele material ou imaterial, mostrando a sociedade em que se vive e a importância de preservar e valorizar a memória desse espaço.
            Acredita-se que além de compreender as diferenças culturais, o espaço educacional é um exercício constante de conhecimento de diferentes comunidades, levando cada indivíduo a construir seus ideais.
Ter a consciência da importância do conhecimento do que é o patrimônio cultural, faz com que cada aluno identifique que estarão contribuindo aos poucos para a preservação e conservação da história na qual eles fazem parte. A partir desse passo começa aos poucos a funcionar a ideia implantada fora do campo educacional.
A educação patrimonial tem a finalidade de envolver a sociedade no resgate do patrimônio cultural. É uma forma de conscientização do indivíduo com a finalidade de provocar o conhecimento cultural e a valorização das heranças culturais. Desperta a sensibilidade cultural para bens não somente reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, mas também à cultura local, desenvolvendo uma relação de pertencer aquela identidade.
Trabalhar o patrimônio cultural é desenvolver a busca de sua identidade através da herança cultural através de manifestações do passado.
O contato com características e hábitos diferentes de grupos sociais possibilita estudos
que mostram  a diversidade cultural que existe, como objetos, alimentação, religião, hábitos, festas, monumentos e suas relações sociais.
O que se pode aprender também com educação patrimonial é que todos os povos produzem cultura, portanto nenhuma cultura é melhor que a outra, cada uma tem sua participação, formas de expressões e valores para a história.
Sendo assim, a educação estará preparando as pessoas para mostrar a sociedade da importância de manter viva a memória e a valorização do seu espaço. Sendo possível se tornarem cidadãos preparados para reconhecer e salvaguardar os patrimônios culturais.
O IPHAN possui postura educativa em todas as suas ações institucionais, esperando que cada vez mais suas representações espalhadas por todo o território nacional, funcionem como centros de diálogo e construção conjunta com a sociedade de políticas de identificação, reconhecimento e proteção do patrimônio cultural.
Uma das formas de iniciar o processo de preservação de um patrimônio é através do processo de tombamento (que pode ser tanto para patrimônio material ou imaterial), que pode ser solicitado por qualquer pessoa, proprietário ou órgão governamental, por meio de abaixo assinado ao Poder Público. Após o processo ser aprovado é expedido uma notificação ao proprietário do bem, significando que o bem já se encontra sob proteção legal. Compete ao órgão que efetuou o tombamento estabelecer os limites e as diretrizes para as intervenções, nas áreas de entorno de bens tombados.
A partir do momento que um bem é tombado, o mesmo não pode ser modificado. Ele deve ser conservado e se necessário restaurado sem perder suas características originais. Tudo isso é feito primeiramente através de documentos e aprovações pelos órgãos responsáveis.
Para execução de obras em áreas de entorno, os projetos deverão ser encaminhados à apreciação das equipes técnicas dos órgãos responsáveis pelo tombamento dos mesmos. O IPHAN faz as seguintes exigências: Estudo preliminar ou Projeto definitivo: 1- planta de situação e localização, com escala e endereço completo; 2- plantas baixas, cortes e fachadas, com especificação de revestimentos externos, desenhos das esquadrias e da cobertura; 3- desenho das fachadas voltadas para a via pública, do imóvel tombado e das edificações vizinhas; 4- em caso de reforma, solicita-se usar nas cópias as convenções: amarelo - demolir, vermelho - construir; 5- fotos abrangendo o terreno e seu entorno imediato; 6- projeto elaborado de acordo com os códigos municipais vigentes e atendendo às exigências específicas para o local; 7- definição do uso da edificação; 8- identificação e endereço do responsável técnico. Aprovado o estudo preliminar, deverão ser encaminhadas quatro cópias de projeto definitivo para registro e controle.
Desde que o bem continue sendo preservado, não existe qualquer impedimento para a venda, aluguel, mudança de uso ou herança de um bem tombado. No caso de venda, deve ser feita uma comunicação prévia à instituição que efetuou o tombamento, para que esta manifeste seu interesse na compra do mesmo.
Chamamos de restauração às obras executadas em prédios de valor cultural, que tenham como finalidade conservar e revelar seus valores estéticos ou históricos. Uma restauração deve ter caráter excepcional, enquanto que a conservação deve ser uma atividade permanente. Na maioria das vezes, o custo da conservação é semelhante ao de uma obra comum. Quando o imóvel se encontra muito deteriorado, por falta de manutenção, torna-se necessário executar intervenções de maior porte, que encarecem a obra.
Se houver demolição ou descaracterização de um bem tombado, no caso, o descumprimento das obrigações previstas em lei, sujeitará ao sujeito, penalidades de acordo com o caso.
Entre os últimos bens tombados pelo IPHAN podemos citar: Centro Histórico de Manaus/AM, Centro Histórico de Antonina/PR, Igreja Positivista/RJ, Patrimônio Naval, Serra da Piedade/MG, Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga/SP, Centro Histórico de Natal/RN, Conjunto Urbanístico e Paisagístico do Município de Cáceres/MT e Conjunto Histórico do Município de Paracatu/MG.
Além do Tombamento, existem outras formas de preservação. O inventário é a primeira forma para o reconhecimento da importância dos bens culturais e ambientais, por meio do registro de suas características principais. Os Planos Diretores também estabelecem formas de preservação do patrimônio, em nível municipal, por intermédio do planejamento urbano. Os municípios devem promover o desenvolvimento das cidades sem a destruição do patrimônio. Podem ainda criar leis específicas que estabeleçam incentivos à preservação.
Mesmo que um patrimônio seja tombado, ele não está 100% protegido, pois podem ser afetados por agentes climáticos, como enchentes ou depredações.
Em 1º de janeiro de 2013, algumas edificações sofreram danos por enchente em São Luiz do Paraitinga. Das 470 edificações tombadas como patrimônio histórico na cidade, 80 foram avaliadas e praticamente metade delas precisava passar por obras de restauração. A biblioteca, a igreja matriz e a capela das Mercês foram destruídas, o prédio da prefeitura precisava de restaurações e alguns imóveis foram interditados.
Infelizmente não podemos impedir os agentes climáticos de afetar ou destruir obras, mas os monumentos tombados tem proteção garantida, através de reparos e reconstituição do objeto afetado para que fique guardado na história para as gerações futuras conhecerem a cultura que havia no local e com a educação patrimonial reconhecer que o patrimônio é de todos e deve ser preservado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REVISTAMUSEOLOGIAEPATRIMONIO.MAST.BR. Patrimônio Cultural, 2013. Disponível em: <http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus/article/viewFile/133/136>. Acesso em: 10 mai. 2013.
PATRIMONIOEPRESERVACAO.BLOGSPOT.COM.BR. Patrimônio e Preservação, 2013. <http://patrimonioepreservacao.blogspot.com.br/>. Acesso em: 11 mai. 2013.
CAFEHISTORIA.NING.COM. Preservar o Patrimônio Histórico, 2013. Disponível em: <http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/preservar-o-patrim-nio-hist-rico-al-m-do-centro-hist-rico>. Acesso em: 11 mai. 2013.
IPHAN. Sobre Tombamento, 2013. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=13928&retorno=paginaIphan>. Acesso em: 12 mai. 2013.
1.FOLHA.UOL.COM.BR. Patrimônios afetados por enchente, 2013. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u675490.shtml>. Acesso em: 12 mai. 2013.
PREFEITURA.SP.GOV.BR. Patrimônio Histórico e Preservação, 2013. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/patrimonio_historico/preservacao/index.php?p=430>. Acesso em: 12 mai. 13.
VALEDOPARAIBA.COM. Patrimônio Cultural, 2013. Disponível em: <http://www.valedoparaiba.com/patrimoniocultural/Glossario.aspx

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